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Oceania

EUA preocupados após China dizer que assinou pacto de segurança com Ilhas Salomão

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A China disse nesta terça-feira (19) que assinou um pacto de segurança com as Ilhas Salomão, uma medida destinada a aumentar as preocupações dos Estados Unidos e dos aliados Austrália e Nova Zelândia sobre a crescente influência chinesa em uma região tradicionalmente sob domínio americano.

No entanto, as autoridades das Ilhas Salomão pareciam sugerir que nenhum acordo ainda havia sido assinado.

Douglas Ete, presidente do comitê de contas públicas do parlamento, disse a colegas parlamentares que as autoridades chinesas chegariam em meados de maio para assinar pactos de cooperação. O primeiro-ministro Manasseh Sogavare disse ao parlamento que um acordo de segurança proposto não incluiria uma base militar chinesa.

Ete disse que os acordos aumentariam a cooperação em comércio, educação e pesca, mas também se opôs à ideia de permitir que a China estabeleça uma base militar.

Em Washington, a Casa Branca, que está enviando uma delegação de alto nível dos EUA à capital das Ilhas Salomão, Honiara, nesta semana, disse estar preocupada com “a falta de transparência e a natureza não especificada” do pacto.

Autoridades australianas disseram que a China parecia querer antecipar a chegada da delegação dos EUA em Honiara e que a Casa Branca disse que discutiria preocupações sobre a China, bem como a reabertura de uma embaixada dos EUA.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, disse que o pacto-quadro foi assinado recentemente pelo conselheiro de Estado Wang Yi e pelo ministro das Relações Exteriores das Ilhas Salomão, Jeremiah Manele. Ele não detalhou onde ou quando a assinatura ocorreu.

Um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca disse que a assinatura relatada “segue um padrão da China oferecendo acordos obscuros e vagos com pouca consulta regional em pesca, gestão de recursos, assistência ao desenvolvimento e agora práticas de segurança”.

PREOCUPAÇÕES AUSTRALIANAS

Canberra teme que o pacto possa ser um passo em direção a uma presença militar chinesa a menos de 2.000 km (1.200 milhas) da costa da Austrália.

A ministra das Relações Exteriores, Marise Payne, disse que a Austrália está “profundamente decepcionada” e continua a buscar detalhes dos termos do acordo, observando que a assinatura foi anunciada pela China.

Ela também expressou preocupação com a falta de transparência e disse que o pacto tem o “potencial de minar a estabilidade em nossa região”.

A emissora nacional da Austrália ABC disse que Sogavare planeja fazer um anúncio nos próximos dias.

Autoridades das Ilhas Salomão já haviam rubricado um pacto de segurança com a Embaixada da China que permitiria que a polícia chinesa protegesse a infraestrutura e a ordem social, mas os ministros ainda não o assinaram.

Na semana passada, Zed Seselja, ministro australiano para o desenvolvimento internacional e o Pacífico, visitou Honiara para pedir a Sogavare que não assinasse.

Greg Poling, especialista em segurança marítima da Ásia do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais de Washington, disse que ainda não está claro se um acordo foi finalizado.

“Assim, a delegação dos EUA, assim como a recente delegação australiana que visitou Honiara, está tentando convencer o governo das Ilhas Salomão a reverter o curso, se possível, ou pelo menos esclarecer os detalhes e os planos de implementação”, disse ele.

“A linguagem que vazou na semana passada é bastante vaga e, portanto, há muito espaço para mitigar os danos, limitando a forma como ela será implementada”.

Um memorando vazado apareceu nas mídias sociais na semana passada mostrando que Pequim havia dito às Ilhas Salomão em dezembro que queria enviar uma equipe de 10 policiais chineses com armas, incluindo um rifle sniper e metralhadoras, além de dispositivos de escuta para proteger funcionários da embaixada com a possibilidade de tumultos em Honiara.

Um rascunho separado de um pacto de segurança que vazou incluía disposições para a polícia chinesa proteger empresas e infraestrutura e para reabastecer navios navais chineses em Honiara.

O porta-voz chinês Wang repudiou a visita planejada dos EUA.

“As tentativas deliberadas de inflar as tensões e mobilizar campos rivais também estão fadadas ao fracasso”, disse ele.

Por Reuters

Cassio Felipe

Professor, Escritor e Jornalista Especialista em Relações Internacionais e Diplomacia

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