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Música

Entrevista: Vini Netto, o saxofonista gaúcho que animou a escolha da Rainha à Frinape em Erechim

Vini Netto já esteve em programas famosos como o Faustão na Band e fez Tour Internacional em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos

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Recentemente, o saxofonista Vini Netto esteve animando a festa de escolha da Rainha à Frinape 2022 em Erechim. O artista surpreendeu o público com seu saxofone iluminado proporcionando uma experiência inesquecível aos convidados. Além de seus shows, ele é especialista em warm ups de grandes shows internacionais, e já fez a abertura de grandes apresentações como The Black Eyed Peas, Ricky Martin, Ivete Sangalo, Erick Morillo, Tears for Fears, The Gothan Project, Joe Cocker, Shakira, Queen e Paul McCartney.

Vini Netto tem uma carreira de mais de 25 anos, na qual, por 19 anos, apresentou-se com a Banda Dublê, muito conhecida em nosso estado, Rio Grande do Sul. Há quatro anos em carreira solo, ele concedeu uma entrevista ao Roda de Cuia falando sua trajetória na música, seu momento atual e o que espera do seu futuro musical, entre outros assuntos.

Roda de Cuia: Você é bacharel em Saxofone… o que o levou a tocar este instrumento em carreira solo, visto que no Brasil, ele costuma ser tocado em bandas?

Vini Netto: Sempre gostei de ouvir instrumentistas; não só saxofonistas, mas também guitarristas, trompetistas e bateristas dos mais diversos estilos musicais. No exterior, os instrumentistas sempre tiveram um espaço na cena musical para seus trabalhos solo. Ao longo do tempo, com instrumentistas lançando-se num mercado mais pop, o gosto pelo trabalho instrumental para o grande público foi algo que comecei a ter como um sonho para a minha carreira. A partir daí, foi criar uma dose de coragem e partir para esse caminho.

Roda de Cuia: Você se inspirou em algum artista nacional ou internacional, como Kenny G ou isso já nasceu com você?

Vini Netto:  Claro que me inspirei; não só por Kenny G (talvez o artista que mais tenha popularizado o gênero instrumental no mundo) mas por outros artistas: Milton Guedes, meu maior inspirador e hoje amigo. Por mais de uma década também fui frontman na Banda Dublê, e isso foi uma escola em lapidar uma linguagem de interação com o público.

Roda de Cuia: Em uma entrevista ao ZH, você disse que vem de uma família de músicos. Você acredita que isso foi definitivo para você também se tornar música? Ou se sua família exercesse outras atividades, você seria músico também? Conte-nos sobre isso.

Vini Netto: Sim… acho que foi algo bem fundamental. Meu pai foi trompetista no exército e mesmo eu crescendo com pouco contato com ele, foi uma inspiração. A minha mãe é de uma família evangélica com fortes laços com a música; todo mundo tocou ou tocava algum instrumento ou cantava no coral. E o grande responsável pelos primeiros passos na música foi meu tio-avô, que era maestro das bandas e corais na Igreja em São Leopoldo; aos sábados, ele mantinha uma escolinha de música para crianças que, ao longo dos anos, formou gerações de músicos. Possivelmente, não fosse a influência familiar, eu teria tomado outros caminhos. Sou muito feliz por esse legado!

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Vini Netto em apresentação no desfile de escolha da corte da Frinape 2022 em Erechim, no último dia 20/08 – Créditos: Nelsir Luterek/Roda de Cuia


Roda de Cuia:  Você utiliza o estilo eletrônico, principalmente, a que se deve essa preferência?

Vini Netto: Comecei a me interessar pelo universo da música eletrônica ainda na época da banda. Sempre, antes ou depois, os DJs tocavam nas festas e achava incrível o processo criativo de mixar uma música à outra, o material instrumental utilizado nas composições e a crescente vitrine que os DJs tinham como artistas tanto quanto os músicos. E por volta de 2006, comecei a experimentar, nos meus ensaios em casa, a improvisar sobre as músicas eletrônicas que tinha contato. Em 2007 eu e o Dj LÊ Araújo marcamos um encontro no estúdio dele e foi paixão à primeira vista; criamos assim um dos primeiros projetos de “live” do RS, o “Sax&PhoneProject”. Foi sucesso imediato… mas falando sobre a preferência: mesmo sendo complexa e rica, a música eletrônica, para quem toca um instrumento “orgânico “como o saxofone, é como uma pintura com espaços livres para criar, improvisar, colorir aquilo que já está pronto. Óbvio, com muito cuidado e respeito aos elementos em cada música.

Roda de Cuia: Como é a carreira de um músico saxofonista no Brasil? Você acredita que é mais difícil do que aqueles que tocam os instrumentos tradicionais ou fazem a música tradicional? Você teve que quebrar barreiras, conquistar o público? Como foi ou é este processo?

Vini Netto: Ser artista, seja qual a arte, no Brasil, é um desafio. Infelizmente ainda temos um longo caminho a trilhar para que o artista seja devidamente valorizado aqui. Eu tive a benção de ser escolhido pelo saxofone, um instrumento que tem um apelo emocional enorme para quem ouve, e isso me ajudou a perceber onde eu me encaixaria dentro do mercado. Sempre tive que quebrar barreira: a desconfiança e receio na família por querer “viver de música”; a própria desconfiança em abandonar um projeto onde estava há 19 anos para me jogar numa carreira solo como instrumentista; talento, perseverança, coragem e procurar fazer a diferença e fazer diferente: tudo isso foi dando os alicerces necessários para essa trajetória. Mas o principal: o sonho de ser um artista como os meus ídolos e o amor pela música.

Roda de Cuia: Qual é seu objetivo principal com sua música, além de tê-la como sua carreira? Despertar um novo estilo no Brasil? Tocar as pessoas de uma forma diferente?

Vini Netto: Levar a alegria que eu vivo ao tocar. Incentivar outras crianças e jovens, assim como eu fui, a mostrar seu talento. Alegrar, emocionar, divertir… seja dos 8 aos 80. Não importa o gênero, a cor, a crença ou o que seja: Somos todos humanos; sentimos, choramos, sorrimos… somos um turbilhão de emoções e as pessoas precisam resgatar aquilo que as faça feliz. Se eu puder por um momento fazer parte disso, eu cumpri meu papel.

Roda de Cuia: Como você se vê em 10 anos em sua carreira?

Vini Netto: Dez anos de hoje para trás: coragem, desprendimento, aprendizado constante e sonhos se realizando; dez anos daqui pra frente: aprendendo, me melhorando como músico, como ser humano, músicas autorais chegando para marcar meu nome em definitivo como um artista completo, turnês no Brasil e no mundo, trabalhos em parceria com os meus ídolos… e novos sonhos. O sonho é o combustível da alma!

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Vini Netto em apresentação no desfile de escolha da corte da Frinape 2022 em Erechim, no último dia 20/08 – Créditos: Nelsir Luterek/Roda de Cuia

Mensagem ao público

Acredito que uma mensagem para quem tem dúvida sobre suas escolhas é acredite no seu talento e potencial. Lute por aquilo que você ama, pois isso é a ferramenta maior para realizar seus sonhos e projetos. Obrigado pelo carinho e oportunidade de falar sobre tudo isso a vocês!

Convite!

Para ouvir alguns sucessos do meu show na versão live sax, acesse vininetto.com.br; elas estão exclusivamente no meu site!

Cassio Felipe

Professor, Escritor e Jornalista Especialista em Relações Internacionais e Diplomacia

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