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Política

Quem serão os ministros do governo Lula

Presidente eleito concluiu anúncio dos 37 ministros de seu governo. Lista busca contemplar setores que apoiaram sua campanha e construir base no Congresso.

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O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva concluiu nesta quinta-feira (29/12) a escolha de quem serão os ministros do governo federal que tomará posse no domingo.

Serão no total 37 ministérios, 14 a mais do que atualmente. A expansão ocorreu para acomodar no primeiro escalão setores que apoiaram a candidatura do petista contra Jair Bolsonaro e partidos que comporão a base de sustentação do Palácio do Planalto no Congresso.

Foram 16 nomes anunciados nesta quinta-feira, a última leva. Confira quem são:

Marina no Meio Ambiente

A ex-senadora Marina Silva, que já havia sido ministra do Meio Ambiente de 2003 a 2008, no governo anterior de Lula, voltará a comandar a pasta.

Sua gestão foi marcada por redução do desmatamento da Floresta Amazônia e enfrentamento com alas do governo que buscavam flexibilizar procedimentos de licenciamento ambiental – inclusive com a então ministra da Casa Civil Dilma Rousseff, depois eleita presidente.

Marina deixou o PT em 2019 e disputou a eleição para presidente da República em 2010, pelo PV, quando ficou em terceiro lugar, em 2014, pelo PSB, novamente em terceiro lugar, e em 2018 pelo seu partido, o Rede Sustentabilidade, quando ficou em oitavo lugar.

Depois de anos rompida com PT, Marina se reaproximou de Lula neste ano, no âmbito da formação de uma frente ampla para derrotar Bolsonaro, e ela participou da campanha do petista já no primeiro turno. 

Seus desafios na pasta incluem a alta da criminalidade e da impunidade na Amazônia e falta de recursos deixados como herança por Bolsonaro

Tebet no Planejamento

A também ex-senadora Simone Tebet, do MDB, foi uma das novidades da campanha deste ano e terminou em terceiro lugar, à frente de Ciro Gomes (PDT), explorando o nicho da terceira via com um plano de governo que conjugava propostas liberais na economia e políticas públicas para o fortalecimento da educação e da primeira infância.

Originária de uma família de produtores rurais no Mato Grosso do Sul, Tebet incorporou a defesa do meio ambiente em sua pauta e tornou-se a candidata de muitos eleitores pró-mercado insatisfeitos com Bolsonaro e avessos ao PT.

No segundo turno, Tebet apoiou Lula e participou de atos de campanha ao seu lado, em alguns deles acompanhada também por Marina, encarnando a ideia de frente ampla contra Bolsonaro.

Tebet ficou em terceiro lugar no primeiro turno e juntou-se à frente ampla de Lula no segundo/Foto: Rodrigo Paiva/Getty Images

No Ministério Planejamento e Orçamento, caberá a ela conduzir os debates sobre a reforma administrativa, a reformulação das carreiras públicas e as parcerias público-privadas. A expectativa é que ela faça também um contraponto de viés liberal no primeiro escalão do governo.

Tebet havia demonstrado interesse inicialmente pelas pastas da Educação ou do Desenvolvimento Social, sem sucesso. Ela é um dos nomes da futura gestão Lula que buscarão se projetar para disputar o Planalto em 2026.

Guajajara no Ministério dos Povos Indígenas

Deputada federal eleita pelo PSOL de São Paulo e coordenadora da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, Guajarara é reconhecida internacionalmente por seu trabalho de ativismo em defesa dos direitos dos povos indígenas e do meio ambiente, e entrou na lista das cem pessoas mais influentes deste ano da revista Time.

Ela comandará o novo Ministério dos Povos Indígenas, cuja criação foi uma das promessas de campanha de Lula e se insere em um crescente reconhecimento da importância dos povos originários porgovernos de esquerda na América Latina.

Caberá a Guajajara recuperar as políticas indígenas, enfraquecidas durante o governo Bolsonaro/Foto: MIGUEL SCHINCARIOL/AFP via Getty Images

Caberá a ela recuperar as políticas do setor, enfraquecidas durante o governo Bolsonaro – que não demarcou nenhuma terra indígena em seu mandato e esvaziou a Fundação Nacional do Índio (Funai).

União Brasil, PSD e MDB ganham espaço

A articulação para a formação do gabinete de Lula envolveu negociações para a construção de sua base de sustentação no Congresso, e inclui acordos com o União Brasil – legenda de direita originária da fusão entre o Democratas e o PSL – o PSD, comandado por Gilberto Kassab, e o MDB, de Michel Temer.

O União Brasil terá os ministérios das Comunicações, sob o comando do deputado Juscelino Filho (MA), e do Turismo, com a deputada Daniela do Waguinho (RJ).

Renan Filho, filho do senador Renan Calheiros, será ministro dos Transportes na cota do MDB/Foto: ANDRESSA ANHOLETE/AFP

O PSD ficará com os ministérios da Agricultura, sob o comando do senador Carlos Fávaro (MT), Minas e Energia, com o senador Alexandre Silveira (MG), e Pesca, com o deputado André de Paula (PE).

O MDB terá, além do Planejamento e Orçamento com Tebet, os ministérios das Cidades, com Jader Filho, filho do senador Jader Barbalho (PA), e dos Transportes, com o senador eleito Renan Filho (AL), filho do senador Renan Calheiros.

Outros nomes

Foram anunciados ainda nesta quinta-feira os seguintes ministros:

  • Previdência Social: Carlos Lupi, presidente nacional do PDT.
  • Integração e Desenvolvimento Regional: Waldez Goéz, governador do Amapá pelo PDT.
  • Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar: deputado Paulo Teixeira pelo PT de São Paulo.
  • Secretaria de Comunicação Social: Paulo Pimenta, deputado pelo PT do Rio Grande do Sul.
  • Esportes: ex-jogadora de vôlei Ana Moser.
  • Gabinete de Segurança Institucional: general Gonçalves Dias.

Também foram definidos os três líderes do novo governo no Legislativo. O senador Jaques Wagner (PT-BA) será o líder no Senado, o deputado José Guimarães (PT-CE), o líder na Câmara, e o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o líder no Congresso.

PT é a legenda com mais pastas

O partido do presidente eleito terá o comando de dez ministérios do futuro governo:

  • Fazenda: Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo.
  • Casa Civil: Rui Costa, ex-governador da Bahia.
  • Desenvolvimento Social: Wellington Dias, ex-governador do Piauí.
  • Educação: Camilo Santana, ex-governador do Ceará.
  • Trabalho: Luiz Marinho, deputado federal por São Paulo.
  • Desenvolvimento Agrário: Paulo Teixeira, deputado federal por São Paulo.
  • Relações Institucionais: Alexandre Padilha, deputado federal por São Paulo.
  • Secretaria Geral: Márcio Macedo, ex-deputado federal por Sergipe.
  • Mulheres: Cida Gonçalves.
  • Secretaria de Comunicação Social: Paulo Pimenta, deputado federal pelo Rio Grande do Sul.

Centro-esquerda e esquerda

Legendas de centro-esquerda e de esquerda que apoiaram a campanha de Lula terão seis pastas:

  • Justiça e Segurança Pública: Flávio Dino (PSB), ex-governador do Maranhão.
  • Indústria e Comércio: Geraldo Alckmin (PSB), vice-presidente eleito e ex-governador de São Paulo.
  • Portos e Aeroportos: Márcio França (PSB), ex-governador de São Paulo.
  • Previdência Social: Carlos Lupi, presidente nacional do PDT.
  • Integração e Desenvolvimento Regional: Waldez Góes (PDT), governador do Amapá.
  • Ciência e Tecnologia: Luciana Santos, presidente nacional do PCdoB e vice-governadora de Pernambuco.

O PV e o Solidariedade, que compunham a coligação de Lula, não ganharam ministérios.

Nomeações não vinculadas a partidos

O gabinete do novo governo também terá estes ministros que não são filiados ou não representam formalmente partidos:

  • Saúde: Nísia Trindade, presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
  • Cultura: Margareth Menezes, cantora.
  • Defesa: José Múcio, ex-ministro e ex-presidente do Tribunal de Contas da União.
  • Relações Exteriores: Mauro Vieira, diplomata e ex-ministro da mesma pasta.
  • Direitos Humanos: Silvio Almeida, professor.
  • Igualdade Racial: Anielle Franco, ativista e irmã da ex-vereadora do Rio Marielle Franco.
  • Advocacia Geral da União: Jorge Messias, procurador da Fazenda Nacional.
  • Controladoria-Geral da União: Vinicius Carvalho, advogado.
  • Gestão e Inovação: Esther Dweck, economista.

bl/lf (ots)

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