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Europa

Alemanha deve se preparar para corte de gás russo

Em visita ao Japão, chanceler federal afirmou que o país tem refletido sobre a suspensão do abastecimento desde antes da invasão da Ucrânia. Nesta semana, a Rússia interrompeu o serviço para Polônia e Bulgária.

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O chanceler federal alemão, Olaf Scholz, afirmou que a Alemanha deve estar preparada para a suspensão do abastecimento de gás natural russo. A declaração ocorreu durante a visita de Scholz ao Japão na quinta-feira (28/04).

“Se haverá e qual vai ser a decisão do governo russo nesse sentido é especulação, mas… É preciso estar preparado para isso”, disse o chanceler, que acrescentou que o governo alemão já havia começado a refletir sobre essa possibilidade antes do início da invasão russa da Ucrânia, no dia 24 de fevereiro.

Embora trabalhe para reduzir a dependência do gás russo – fundamental para a geração de energia na Alemanha –, o governo alemão descartou possíveis embargos justamente devido aos danos econômicos que isso poderia causar ao país.

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Scholz disse que “é um desafio que muitos países europeus, inclusive a Alemanha, dependam da importação de combustíveis fósseis da Rússia”. Ele reforçou que o governo alemão pretende encerrar as importações de carvão e petróleo da Rússia este ano, e que “o mesmo ocorrerá com o gás, embora esse processo demande mais tempo”.

Nesta semana, a Rússia suspendeu o repasse de gás para Polônia e Bulgária, alegando que esses países não teriam pago pelo serviço em rublos, uma exigência de Moscou em represália às sanções impostas pelo Ocidente, a exemplo do congelamento de ativos e da exclusão de bancos estatais russos do sistema financeiro internacional.

Na metade de março, o presidente russo, Vladimir Putin, havia anunciado que o pagamento pelo gás deveria ser feito na moeda russa, e não em euros, conforme estava estipulado nos contratos. A medida, com efeito desde 1º de abril, é uma retaliação a “países hostis”, nas palavras de Putin.

O G7, composto pelas sete nações mais industrializadas do mundo, e a União Europeia como um todo rejeitaram a iniciativa e acusaram a Rússia de violação de contrato.

A empresa de energia Uniper, maior importadora de gás russo na Alemanha, informou nesta quinta-feira que estava examinando a possibilidade de pagar pelo gás em euros para uma conta na Rússia.

“Até agora, temos feito transferências em euros para uma conta na Europa”, disse um porta-voz da companhia, em Düsseldorf. A Uniper acredita ser possível encontrar um acordo para o impasse, mas afirmou que “não há nenhuma solução final ainda”.

Segundo o porta-voz, os pagamentos continuarão a ser feitos em euros, uma vez que as regras de sanções não devem ser violadas. A empresa está em tratativas com a estatal russa Gazprom e com o governo alemão e também com outras companhias alemãs e europeias.

Por DW

Cássio Felipe

Professor, Escritor e Jornalista Especialista em Relações Internacionais e Diplomacia

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