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Você é mais esperto que o Diabo?

Ao longo da entrevista, o Diabo explica em detalhes as causas do fracasso, assim como dá dicas valiosas àqueles que desejam fugir da alienação escapando do fracasso pessoal e profissional.

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Uma entrevista com o Diabo pode ser muito reveladora, já que a maioria de nós evita até de falar sobre ele, quem dirá entrevista-lo. Mas quem teve essa coragem de fazê-lo, foi Napoleon Hill, autor e empreendedor norte-americano. Ele ficou cara a cara com o temido ser imaginário na mente de muitos e real aos olhos de outros tantos. No seu livro chamado Mais esperto que o Diabo, dividido em doze capítulos, ele fala, basicamente, sobre como a Alienação fisga 98 de cada 100 pessoas, levando embora seus sonhos e transformando-as apenas em seres vivos que conseguem sobreviver afundados em uma alienação forjada em vícios mundanos, verdadeiras marionetes.

Napoleon conta que seu livro surgiu a partir de uma entrevista que ele havia feito com Andrew Carnegie, empresário e filantropo estadunidense nascido na Escócia. Nela, Andrew sugeriu a Napoleon que ele escrevesse um livro explicando as causas do fracasso e sucesso das pessoas, pois segundo ele, a maioria das pessoas não têm a menor concepção sobre isso. Andrew disse-lhe que as escolas e faculdades nos ensinam conhecimentos abstratos, mas não o que devemos fazer com esses conhecimentos após obtê-los. Aprendemos praticamente tudo, exceto os princípios da realização pessoal, diz Carnegie.

Segundo Carnegie, a maior parte dos fracassos reais se deve a limitações que os homens impõem a si mesmos em suas próprias mentes.  Assim, durante seu trabalho de campo que durou anos, Hill analisou os perfis de mais de 25 mil pessoas rotuladas como “derrotadas” e de 500, classificadas como “bem-sucedidas”. Ainda na parte introdutória, Napoleon fala sobre seus sucessos e fracassos ao longo de sua história, assim como de uma miríade de descobertas que fez sobre si mesmo, além de como conseguiu 25 mil dólares, em um momento em que estava falido, para a publicação de seu livro.

No início da entrevista, o Diabo afirma que controla 98% da população mundial por meio de uma de seus mais astutos instrumentos, o medo, por meio dos contínuos pensamentos negativos. Segundo ele, os 6 medos mais efetivos são o da pobreza, da crítica, da perda de saúde, da perda do amor, da velhice e da morte. Por outro lado, o maior inimigo do Diabo é aquele que inspira as pessoas a pensar e agir de acordo com suas próprias iniciativas, ganhando e exercendo o controle total de suas próprias emoções, mantendo-se longe da alienação.

O Diabo explica a diferença entre um alienado que é aquele que não pensa ou pensa o mínimo possível, deixa ser influenciado e controlado por circunstâncias externas à sua mente, aceita qualquer coisa que a vida lhe oferece sem julgar ou lutar por aquilo que quer e emite muitas opiniões que, na verdade, não são propriamente suas, mas plantadas em sua mente pelo Diabo. Um não-alienado é aquele que pensa por si mesmo, luta para mudar as circunstâncias que o incomodam, batalha pelos seus sonhos e não se deixa influenciar por situações exteriores seguindo firme atrás de seus propósitos.

Segundo descreve o Diabo, suas formas de alienar são muitas, desde a escola, passando pela casa, casamento, profissão, pensamentos dominantes, entre outras formas. Então, segundo ele, alienar-se é a forma mais comum de fracasso em qualquer momento da vida. Mais profundamente, ele conta que um alienado não tem propósito sobre a vida, autoconfiança, pensamento ativo, esforço, é vulnerável a fatores externos, não tem entusiasmo ou iniciativa em iniciar algo, gasta tudo o que ganha, tem temperamento explosivo, critica os outros que são bem-sucedidos, entre outras características. Resumindo, o alienado trabalha duro para não pensar, diz o Diabo.

Por outro lado, um não-alienado tem objetivo maior na vida; está sempre engajado em fazer algo definido, organizado e detalhado; sendo questionado, responde com confiança sem rodeios; se não sabe uma resposta, deixa claro que não a sabe; nunca oferece álibi para suas deficiências; não culpa os outros por seus erros ou incompetências; é visto como guerreiro estando à frente das batalhas; é uma inspiração a todos, entre outras características. Seu traço mais marcante é ter uma mente totalmente sua usando-a para alcançar os seus objetivos, conclui o Diabo.

Ao longo da entrevista, o Diabo explica em detalhes as causas do fracasso, assim como dá dicas valiosas àqueles que desejam fugir da alienação escapando do fracasso pessoal e profissional. Segundo o Diabo, o homem que tem o plano mais definido, com propósito e força, caminha para a vitória, pois ele dominará o hábito da alienação. Os outros correm para conseguir abrigo e acabam sob a liderança daqueles que são mais determinados. Ele ainda afirma que a maior armadilha que criou para o homem é plantar na sua mente a incerteza de sua existência. Se cultivarmos a mente encoberta pelo medo, culpa e dúvida, acabamos tendo atitudes relacionadas a esses sentimentos. Ao passo que, se cultivarmos a mente preenchida com pensamentos de fé, coragem, gratidão e alegria, com certeza chegaremos a resultados a que aspiramos, conclui o Diabo.

Apesar de todas essas informações valiosas fornecidas pelo próprio Diabo resumidas neste texto e exemplificas didaticamente no livro, com dicas preciosas sobre como atingir o sucesso e deixar o fracasso no passado, poucos são aqueles que deixam a alienação de lado e fazem a leitura, extraindo o máximo de conhecimento possível. O livro, assim como esse texto, objetiva ajudar-lhe a dominar esse mal que extirpa nossos sonhos e nos castiga alienadamente. Como Napoleon escreve na capa, o livro é o mistério revelado da liberdade e do sucesso. Boa leitura!

Cassio Felipe

Professor, Escritor e Jornalista Especialista em Relações Internacionais e Diplomacia

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