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Mundo

Ucrânia vê avanços em negociações, no 20º dia da guerra

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Autoridades ucranianas disseram, nesta terça-feira (15/03), ver possibilidade de avanços nas negociações com a Rússia, no 20º dia guerra na Ucrânia.

Os sinais de avanços na frente diplomática surgem em meio a intensificação dos bombardeios russos em Kiev e no dia em que cerca de 20 mil civis conseguiram deixar a cidade sitiada de Mariupol, onde a população enfrenta uma grave crise sanitária gerada pelo cerco à cidade imposto pelas tropas de Moscou.

O negociador da Ucrânia Mykhailo Podolyak descreveu a última rodada de conversações com os russos através de videoconferência como difícil e apontou “contradições fundamentais” entre os dois lados. Ele, porém, disse que existe a possibilidade de se chegar a um acordo, e que as negociações serão retomadas nesta quarta-feira.

Horas antes, um assessor do presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, expressou otimismo sobre o futuro das negociações. Ihor Zhovkva afirmou que as conversas se tornaram mais “construtivas”, e que a Rússia mudou de tom e parou de exigir que a Ucrânia se rendesse – algo em que Moscou havia insistido durante as fases iniciais das conversações.

Durante à noite, Zelenski, afirmou em mensagem de vídeo que as posições adotadas pela Rússia se mostraram mais “realistas”, mas disse que ainda será necessário mais tempo para que seja possível obter avanços reais.

“As reuniões continuam. Fui informado que os posicionamentos durante as negociações soam mais realistas. Mas, ainda é necessário tempo para que as decisões sejam dentro dos interesses da Ucrânia”, disse o presidente.

Zelenski também acenou com a possibilidade de aceitar que a Ucrânia não faça parte da Otan no futuro. O risco de uma adesão ucraniana à aliança foi um dos pretextos utilizados pela Rússia para justificar sua invasão ao país vizinho.

Antes do reinicio das conversações nesta terça-feira, o ministro do Exterior russo, Serguei Lavrov, disse que Moscou manteria suas exigências pela não adesão ucraniana à Otan, além da adoção de um status de neutralidade por parte de Kiev e da desmilitarização do país.

Nas últimas semanas, Zelenski já demonstrava estar ciente de que a Otan não iria oferecer à Ucrânia a condição de membro da aliança, e disse que consideraria questão da neutralidade do país, mas que necessitaria de garantias sólidas, tanto do Ocidente quanto da Rússia.

Biden sanciona ajuda de US$ 13 bilhões à Ucrânia

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sancionou um projeto de lei que prevê o envio de 13,6 bilhões de dólares (em torno de 70 bilhões de reais) em ajuda humanitária, militar e econômica à Ucrânia.

A ajuda permitirá que Washington forneça equipamentos militares e armamentos ao governo em Kiev, mas parte dos recursos devem ser utilizados para assistência alimentar, de saúde, e outras finalidades humanitárias.

Os parlamentares americanos deram uma rara demonstração de unidade ao aprovarem o pacote na semana passada. Democratas e republicanos apoiaram abertamente a medida, que superou o pedido inicial da casa Branca de disponibilizar 10 bilhões de dólares.

Pouco depois da sanção de Biden, líderes do Partido Republicano pediram que a Casa Branca aprove o envio de caças MiG-29 da Polônia à Ucrânia. O Departamento de Defesa dos EUA havia rejeitado a medida, por considerá-la de alto risco, potencialmente levando a um conflito entre a Otan e a Rússia.

A Otan e a Alemanha também rejeitaram a transferência dos aviões, que, segundo a proposta inicial da Polônia, seriam transferidos a partir da base da Força Aérea americana na cidade alemã de Ramstein.

Fonte: DW

Cassio Felipe

Professor, Escritor e Jornalista Especialista em Relações Internacionais e Diplomacia

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