Uma semana após sua renúncia da Estação Espacial Internacional (ISS), a Rússia concordou com um acordo de cooperação com a Venezuela para exploração espacial. Assim, o país sul-americano torna-se um novo aliado do governo Putin neste campo científico, diante da hegemonia do Ocidente.
O governo disse hoje em um comunicado que o projeto de lei correspondente sobre a Convenção sobre Exploração Espacial e Pesquisa para Fins Pacíficos será submetido à Duma do Estado russo ou à Câmara dos Deputados.
A nota oficial indica que o acordo responde à tendência de expansão da cooperação bilateral no campo do espaço. Além disso, acrescenta, Moscou e Caracas planejam desenvolver “projetos conjuntos”.
De acordo com a agência de notícias russa Sputnik, os planos incluem cooperação em ciência e pesquisa espacial, sensoriamento remoto da Terra, comunicações e navegação por satélite, exploração espacial tripulada, bem como geodésia espacial, ciência dos materiais e medicina.
Em novembro de 2021, a Assembleia Nacional venezuelana aprovou este acordo, semelhante ao assinado com outras potências espaciais, como a China e a Índia.
Para a Rússia, este é um novo passo para longe da cooperação com o Ocidente, já que sua saída da Estação Espacial Internacional significa romper um vínculo de mais de 20 anos com a NASA, a Agência Espacial Europeia (ESA), o Canadá e o Japão.
A Agência Espacial Russa (Roscosmos) anunciou, nesta sexta-feira, seu compromisso total com seus planos de construir uma nova estação orbital (Ross) para substituir a Estação Espacial Internacional.
O chefe da Roscosmos, Dmitry Rogozin, confirmou que a estação ROSS é o futuro dos cosmonautas russos e a exploração russa da lua.
Rogozin anunciou que o ROSS terá seis unidades, nas quais um máximo de quatro inquilinos funcionarão. Por outro lado, haverá dois voos tripulados e três voos de carga por ano.
Via: sputniknews
