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Sem mais medo do meu verdadeiro EU

“Busco ser eu mesmo sem pretensão alguma de me encaixar em grupos ou padrões, pois eu sou um e vários ao mesmo tempo.”- Cássio Felipe

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Um sentimento de isolamento e não-pertencimento ao mundo em que vivo me torna incompreendido pelas pessoas ao meu redor que não conseguem lidar com a profundidade do meu pensamento, a sinceridade da minha fala e o fuzilamento do meu olhar. Eu não consigo fingir estar gostando das atitudes das pessoas ao meu redor, da forma que falam e expressam sua incongruência com aquilo que saem de suas bocas perante suas ações. 

Antes que uma pessoa forme uma palavra por meio de suas sílabas, normalmente já consigo ler no seu rosto aquilo que está sentindo e isso a afugenta visto que eu não consigo disfarçar as minhas expressões faciais. Imediatamente, os olhares se entrecruzam e os rostos enrubescem dando espaço um constrangimento que pode arruinar a conversa.

Normalmente, calo-me diante de grupos de pessoas, pois acredito que o silêncio é uma arte que poucos dominam. A maioria apenas sente uma necessidade imensa de falar sem se importar se suas palavras realmente são uteis a quem irá ouvi-las. Das pessoas tagarelas, afasto-me o mais rápido possível, pois imaginá-las falando, automaticamente cansa a minha mente e me esgota.

Minha bateria social se descarrega rapidamente, em poucas horas passo a me sentir impaciente. Caso eu não consiga sair logo dali, o sentimento passa a ser de irritação indo até um estado de raiva. É difícil explicar isso e raramente alguém entende a minha forma de ser. Consoante amadureço, encontro mais mistérios em minhas profundezas; com muitos deles, eu não tenho ideia de como lidar, quem dirá explicar a alguém e esperar que entenda.

Tenho paciência curtíssima com situações em que me parecem óbvias e as pessoas ficam patinando sem conseguir entender como resolver ou agir. Há informações, aspectos, detalhes e situações que não precisam ser explicadas por meio de palavras, mas apenas por um breve olhar. É assim que sinto o mundo e quem leva mais tempo para entendê-lo, acaba caindo nas garras da minha cólera.

Com o meu amadurecimento, veio uma melhor compreensão de quem eu sou e a razão das minhas ações nas mais determinadas situações. Hoje, não faço questão nenhuma de ser agradável e muito menos forjo minha personalidade e meus gostos para me encaixar em grupos, pois eu não pertenço a nenhum deles. Eu sou alheio, solitário, aleatório e peculiar.

Lidar com a minha personalidade é um grande desafio para mim, imagina para as pessoas ao meu redor. Prefiro estar só na maioria do tempo e gosto de trabalhar da mesma forma. Estar rodeado de pessoas frequentemente me deixa esgotado e a minha fuga é a solitude, aspecto do qual a maioria das pessoas fogem como o diabo foge da cruz. Não espero mais a compreensão de ninguém, mas sim espero o respeito, apenas isso.

Muitos dizem que sou um chato e que tenho que mudar a minha forma de ser, mas como supracitado, é a forma de expressar a minha personalidade e ela eu não vou mudar. Àqueles que acreditam que tenho que que me adaptar para me encaixar em grupinhos, deixo aqui registrado que é mais fácil se afastarem de mim do que esperar um novo eu, pois estou neste mundo para fazer o bem e agradar a mim mesmo. Não estou aqui para agradar as outros e nem me importar com opiniões alheias, pois enquanto me importava, este texto estava escondido a sete chaves. 

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Cassio Felipe

Professor, Escritor e Jornalista Especialista em Relações Internacionais e Diplomacia

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