O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, está mais perto de ser extraditado para os Estados Unidos, onde deve ser julgado sob a Lei de Espionagem, depois que um tribunal de Londres enviou sua ordem de entrega ao governo britânico para aprovação.
O tribunal emitiu uma ordem formal de extradição em uma audiência, nesta quarta-feira (20), permitindo o secretário do Interior do Reino Unido, Priti Patel, carimbar sua transferência para os EUA após uma disputa legal de anos. Assange pode recorrer da decisão.
Ele é procurado nos EUA por 18 acusações criminais depois que o WikiLeaks publicou milhares de arquivos confidenciais e telegramas diplomáticos em 2010. Se condenado, Assange pode pegar até 175 anos de prisão.
Assange participou da audiência virtualmente da prisão de alta segurança de Belmarsh, em Londres, onde está detido desde que foi arrastado para fora da embaixada equatoriana em Londres há três anos. Ele declarou seu nome completo e data de nascimento.
Sua extradição foi objeto de inúmeras disputas judiciais desde sua prisão, que ocorreu depois que Assange obteve refúgio diplomático na embaixada do Equador por sete anos. Em janeiro de 2021, uma decisão do tribunal de magistrados considerou que Assange não poderia ser extraditado, pois seria “opressivo”, em razão de sua saúde mental.
Mas o Supremo Tribunal anulou essa decisão em dezembro, dizendo que Assange poderia ser extraditado para os EUA com base nas garantias dadas pelo governo dos EUA sobre seu tratamento lá.
Estas incluíam promessas de que Assange não seria sujeito a “medidas administrativas especiais”, nem seria mantido em uma prisão de segurança máxima antes ou depois do julgamento.
Assange se casou no mês passado com sua parceira de longa data Stella Moris dentro da prisão de Belmarsh.
Por CNN
