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Oriente Médio

Banco Mundial retoma projetos no Afeganistão

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O Banco Mundial retomou o trabalho em três projetos no Afeganistão focados em saúde, agricultura e meios de subsistência, mas manterá cerca de US$ 150 milhões para projetos de educação, disseram duas fontes familiarizadas com a decisão na terça-feira (19).

O banco multilateral de desenvolvimento havia suspendido todos os quatro projetos, avaliados em cerca de US$ 600 milhões, no final de março, citando suas profundas preocupações com a proibição do Talibã de meninas frequentarem o ensino médio público.

O Grupo dos Sete parceiros e outros grandes doadores do Fundo Fiduciário de Reconstrução do Afeganistão (ARTF) se reunirão para discutir os crescentes problemas econômicos e de segurança alimentar do país na sexta-feira (22) durante as reuniões de primavera do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial, anunciou o Tesouro dos EUA na última segunda-feira (18).

Algumas organizações multilaterais, incluindo o FMI, a Missão de Assistência das Nações Unidas no Afeganistão (UNAMA) e o Banco Islâmico de Desenvolvimento, também participarão, disse uma das fontes.

Quando interrompeu o trabalho nos quatro programas, o Banco Mundial observou que suas políticas exigiam que todas as atividades financiadas pelo ARTF apoiassem o acesso e a equidade de serviços para mulheres e meninas no Afeganistão.

As autoridades decidiram “retomar os preparativos” para os três projetos não educacionais, avaliados em cerca de US$ 450 milhões, dada a crise econômica cada vez mais profunda no Afeganistão, agravada pelo aumento dos preços de alimentos e energia desencadeado pela guerra da Rússia na Ucrânia, disse uma das fontes.

A Rússia chama suas ações de “uma operação militar especial”.

O Banco Mundial divulgou na semana passada uma perspectiva preocupante para a economia do Afeganistão, observando que a renda per capita caiu mais de um terço nos últimos quatro meses de 2021, após a tomada do poder pelo Talibã islâmico quando as forças estrangeiras lideradas pelos EUA se retiraram.

Ele disse que cerca de 37% das famílias afegãs não têm dinheiro suficiente para obter alimentos, enquanto 33% podem comprar comida, mas nada mais.

Quando concordou em liberar fundos do ARTF para novos projetos a serem implementados por agências da ONU, o Banco Mundial estipulou que esperava um “forte foco em garantir que meninas e mulheres participem e se beneficiem do apoio”.

O Talibã desvendou os ganhos em direitos conquistados pelas mulheres nas últimas duas décadas, inclusive restringindo-as de trabalhar e limitando suas viagens, a menos que acompanhadas por um parente próximo do sexo masculino. A maioria das meninas também foi impedida de ir à escola pública além da sétima série.

Por Reuters

Cassio Felipe

Professor, Escritor e Jornalista Especialista em Relações Internacionais e Diplomacia

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