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Mundo

Gastos militares globais atingem recorde histórico em 2021

Relatório de instituto sueco aponta que Estados Unidos e China foram os países que mais gastaram em defesa no ano passado, com 52% do total. Brasil ocupa o 17º lugar na lista.

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Os gastos militares globais ultrapassaram pela primeira vez a marca de 2 trilhões de dólares (1,8 trilhões de euros) no ano de 2021, um recorde histórico, de acordo com informações publicadas nesta segunda-feira (25/04) pelo Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo, na Suécia (SIPRI, na sigla em inglês para Stockholm International Peace Research Institute).

As despesas totais atingiram a marca de 2,1 trilhões de dólares, 0,7% a mais do que em 2020 e 12% acima dos valores registrados há dez anos, em 2012.

Os números apontam 2021 como o sétimo ano consecutivo em que os gastos militares aumentaram, o que indica que mesmo em meio à crise econômica causada pela pandemia de coronavírus, os investimentos em defesa não diminuíram.

“Ainda que em meio às consequências econômicas da pandemia de covid-19, os gastos militares mundiais atingiram níveis recordes”, afirma Diego Lopes da Silva, pesquisador sênior do Programa de Gastos Militares e Produção de Armas do SIPRI.

Os cinco países que mais investiram em defesa militar em 2021 foram Estados Unidos, China, Índia, Reino Unido e Rússia, que, juntos, representaram 62% dos gastos totais. França, Alemanha, Arábia Saudita, Japão e Coreia do Sul, nesta ordem, completam a lista dos dez países que mais gastaram em armamento no ano passado.

 “A crescente afirmação da China nos mares do leste e do sudeste asiático tem sido o principal motor das despesas militares em países como Austrália e Japão”, observa o SIPRI.

Estados Unidos lideram com folga

Sozinhos, Estados Unidos e China foram responsáveis por 52% das despesas, conforme a apuração do SIPRI. Os gastos da China aumentaram pelo 27º ano consecutivo, chegando a 293 bilhões de dólares, o que representa 14% da despesa mundial, à frente da Índia (3,6%), do Reino Unido (3,2%) e da Rússia (3,1%).

Ainda que os EUA tenham gastado mais do que qualquer outro país, os investimentos diminuíram em relação a anos anteriores. O SIPRI concluiu que o declínio ocorreu, em parte, devido a uma redução de gastos gerais do governo americano em pesquisa e desenvolvimento, mas acrescentou que o país continua focado no desenvolvimento de tecnologias de última geração: durante a última década, o financiamento em investigação e desenvolvimento dos Estados Unidos aumentou 24%.

Os Estados Unidos mantêm a liderança absoluta de gastos militares com 38% das despesas globais – ou 801 bilhões de dólares (737 bilhões de euros), 1,4% a menos em comparação a 2020.

“O governo dos Estados Unidos tem repetidamente enfatizado a necessidade de manter a sua vantagem tecnológica militar sobre seus concorrentes estratégicos”, aponta o relatório.

Brasil aparece em 17º lugar na lista

País com maior despesa militar na América Latina, o Brasil ocupa o 17º lugar no estudo desenvolvido e divulgado pelo SIPRI. Em 2021, os gastos brasileiros em defesa foram de 19,2 bilhões de dólares (17,6 bilhões de euros), 4,3% a menos do que no ano anterior.

Outro país de destaque na região é a Colômbia, que aparece em 25º lugar na lista, com investimentos de 10,2 bilhões de dólares (9,3 bilhões de euros), ou 4,7% a mais do que em 2020.

O SIPRI destaca que, desde a assinatura do acordo de paz entre o governo colombiano e as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), em 2016, as despesas com defesa têm crescido no país – com exceção de 2018. Segundo o relatório, esse fato “pode ser atribuído aos conflitos em curso entre o governo e outros grupos armados”.

Por DW

Cassio Felipe

Professor, Escritor e Jornalista Especialista em Relações Internacionais e Diplomacia

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