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A luta pelos direitos das mulheres é dever de cada uma e de todos

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“Ou bem nenhum membro da raça humana possui verdadeiros direitos, ou bem todos temos os mesmos; aquele que vota contra os direitos de outro, quaisquer que sejam a religião, a cor ou o sexo deste, está desse modo abjurando os seus.” (MARQUES DE CONDORCET, 1790).

Marques De Condorcet, matemático e filósofo francês, defendia o voto das mulheres no ensaio sobre a admissão das mulheres no direito da cidade. Essa afronta valeu-lhe a vida, no início da Revolução Francesa, pois era um tempo em que raros eram os que levantavam a voz na luta por direitos, pois a punição era inevitável!

Condorcet foi condenado à guilhotina por Robespierre em setembro de 1793. O filósofo preferiu envenenar-se a ser humilhado e morto publicamente.

Desde lá até cá, a luta tem sido longa e árdua. Se conquistou o direito de voto em muitos países, mas ainda somos uma parcela insignificante em espaços de poderes, mundo afora.

Segundo dados da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) 2019, “o número de mulheres no Brasil é superior ao de homens. A população brasileira é composta por 48,2% de homens e 51,8% de mulheres.”

Só esse fator do contingente feminino ser superior ao masculino já seria suficiente para haver uma reviravolta no pensamento, na postura, no comportamento e na atitude das mulheres em relação a trajetória de lutas, conquistas das demais. Deveria ser motivo de união, sororidade, pois as próprias mulheres, na maioria das vezes, ajudam a fortalecer estereótipos preconceituosos criados por uma sociedade machista e patriarcal, quando não atacam com todo tipo de violência as que são corajosas em enfrentar o sistema.

O censo deste ano trará dados atualizados, mas a tendência é confirmar que maioria da população é feminina. Esse é um dado importante que cabe reflexão entre as mulheres! Para essa reflexão, cabe algumas perguntas:

1° sendo maioria, por que temos pouca representatividade em espaços de poder?

2° por que não há tantas mulheres interessadas em cargos públicos?

3° por que deixarmos por conta de cotas a quantidade de candidatas a cargos eletivos? Apenas cumprir cota?

4° por que muitas mulheres preferem apoiar homens do que mulheres?

5° o que fazer para mulheres apoiarem mulheres na luta contra a discriminação de seu próprio gênero?

As perguntas podem ser bem mais, mas para chegarmos a um denominador comum, estas já são importantes!

Cabem às mulheres essa luta e não é possível esperar que apareça um Marques De Condorcet para “morrer na guilhotina” reivindicando direito que é um dever de cada uma.

Urge um novo tempo para as mulheres, principalmente, feito por mulheres!

Angela Dias

Professora de Língua Portuguesa na Rede Estadual de Ensino do RS - formada em Língua Portuguesa e Literatura pela URI Campus Erechim. Graduada em Ensino Normal Superior pela Faculdade IDEAU de Getúlio Vargas. Pós-graduada em Produção Textual- URI Campus Erechim. Natural de Erechim, RS.

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