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Um solteiro feliz e pleno tem uma única e infinita fonte de felicidade

“Solitude é a capacidade de se amar ao ponto de estar sozinho e, mesmo assim, se sentir inteiro e feliz. ” – Telma Nogueira

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Uma pessoa que está solteira até uma certa altura da vida, impõe-se um estigma como se estivesse vivendo erroneamente. Julga-se por acreditar que está cometendo um pecado, no sentido amplo da palavra, ou que a solteirice é sinônimo de infelicidade. Essa automutilação lhe é imposta desde que é criança quando a família fala mal daquele tio ou tia que é solteirão ou solteirona, palavra que, é claramente usada com o objetivo de desmerecê-lo.

Aonde você for, os julgamentos continuam. Na escola, nas festas da comunidade, na casa dos vizinhos e parentes, os solteiros costumam ser motivo de piadas, muitas vezes maldosas e pelas costas. Você vai crescendo em meio a esse apedrejamento e, da mesma forma que os demais, absorve o fato de que é “normal” que todos se casem e formem suas famílias. Você passa acreditar que a sua felicidade depende de estar com outra pessoa.

O tempo vai passando e, aparentemente, as pessoas passam a respeitar a sua decisão de ficar solteiro. À medida que você se certifica disso, o tal respeito e apreciação se mostra na sua presença, mas na sua ausência, novas teorias passam a surgir sobre a sua vida. As pessoas ao redor não conseguem entender a razão de alguém estar solteiro sendo que existem tantas pessoas no mundo. Essa falta de capacidade de compreensão é comum e até nós, os solteiros já tivemos.

Chega o amadurecimento mental e você passa a interpretar com sagacidade as pessoas ao redor, principalmente aquelas com quem mais convive e percebe que, quase na sua totalidade, os casais são infelizes e passam suas vidas unidos para, ou para manter a aparência, ou por medo de ficarem solteiros, mesmo sendo isso o que mais desejam. Por falta de coragem, passam a vida reclamando um do outro e nada fazem, afogam-se na própria melancolia, adotando o mantra da Hiena Hardy que passa sua existência num lamento profundo: Oh céus! Oh vida!

Esses são os mesmos casais que ficam criticando os solteiros, mas não percebem que a crítica é uma forma de demonstrar insatisfação com a própria vida, pois como dizem por aí, quem é verdadeiramente feliz e completo, cuida de sua própria vida cultivando o seu jardim e atraindo as suas borboletas. Uma pessoa satisfeita com a própria vida, não tem tempo para cuidar da dos outros.

Então, o solteiro, motivo de todo tipo de julgamentos, descobre que, talvez a sua única desvantagem de estar só é que ele não tem com quem dividir as tarefas da casa, mas claro que isso, pouquíssimos casais “felizes” o fazem. Mas a solução já está à porta ao contratar alguém para os afazeres domésticos quando a condição financeira lhe permite. Assim, a desvantagem desaparece e o mundo sobre os seus ombros se torna leve como uma pluma, pois a paz e autossuficiência se faz presente.

A recompensa que um solteiro com uma mente bem-educada e controlada tem, é o privilégio de desfrutar de sua própria companhia de forma plena. Assim, buscar a companhia de outro será apenas questão de escolha e não de necessidade, pois quando se é completo por dentro, qualquer fonte externa de felicidade é desnecessária, pois todas elas são, invariavelmente, falíveis. Ser um lobo solitário robusto jamais poderá ser explicado em palavras, pois é algo que só se pode sentir.

A esta altura da vida, você está livre das visitas indesejadas como parentes que falam mal uns dos outros, está atento aos semiamigos, como diz Karnal, entre outros vários desprazeres que contatos e aglomerações humanas podem propiciar. Tudo aquilo que te fazia mal e pesava sobre os ombros, fica onde deveria estar, que é com os casais infelizes, pois os felizes entendem que há plenitude tanto no casamento, quanto na solteirice. Quem não é feliz por si mesmo, jamais poderá ser por qualquer outra pessoa.

O grande segredo da felicidade é ser completo a ponto de não precisar de nenhum estímulo externo para se sentir pleno, tampouco se deixar abalar por tudo aquilo que esteja fora de seu controle, como acreditam os Estoicos. Isso trará uma paz e quietude que poucos poderão experimentar em suas vidas. Mais certamente desfrutarão desse poder, aqueles que estão em solitude, seja estando solteiros ou vivendo a dois, pois é possível ser casado e pleno, mas é raro, semelhante, a muitos solteiros que são infelizes sozinhos e condicionam sua felicidade a um terceiro.

Um solteiro feliz sabe que sua felicidade depende de uma única pessoa: ele mesmo!

Leia Ser solteiro e pleno é um privilégio de poucos – Portal Roda de Cuia

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Cassio Felipe

Professor, Escritor e Jornalista Especialista em Relações Internacionais e Diplomacia

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